Spanning-Tree Protocol Toolkit

Ao contrário do que algumas pessoas pensam o STP toolkit não é nenhuma ferramenta disponível para nos ajudar com o protocolo STP.

São sim, um conjunto de extensões que a CISCO fez à sua implementação do protocolo para o tornar mais eficiente.

Spanning-Tree protocol permite que as redes da camada 2 do modelo de OSI (Layer 2) com redundancia funcionem em condições preveningo loops indesejaveis. Este algoritmo automaticamente calcula a topologia e decide quais as portas que devem ficar em standby para impedir loops na rede, garantindo assim uma maior eficiencia.

Por defenição o comportamento do protocolo é determinista ou seja nós sabemos exactamente como se deve comportar numa rede. Por vezes não o é, seja por alterações feitas na rede ou por aparelhos na camada de acesso que são controlados pelos utilizadores finais ou falhas de ligações.

Para optimizar a performance do protocolo a CISCO fornece o STP toolkit. Este conjunto de ferramentas permite optimizar e tornar mais seguras as redes L2 (Layer 2).

As ferramentas que fazem parte deste kit são:

PortFast – Faz com que as portas do equipamento entrem em estado forwarding imediatamente, passando assim os estados normais de aprendizagem. A porta configurada ainda faz parte da topologia STP e pode imediatamente transitar de estados diminuindo assim o tempo de convergencia. Podendo passar ao estado blocked se necessario. Pode ser activada em portas trunk Pode ter valores operacionais diferentes dos configurados.

notas:

  1. Deve ser utilizada apenas em portas de acesso.
  2. Deve ser utilizada apenas nas portas em que se ligam equipamentos terminais para evitar a criação de um loop.
  3. Activar a funcionalidade numa porta ligada a um switch pode criar um “bridging loop” temporário.

BPDUGuard – Quando activa desliga a porta que recebe um BPDU (Bridge Protocol Data Unity). Permite uma maior segurança contra más configurações porque o administrador pode colocar a porta de novo a funcionar. Quando configurado ao nivel de uma porta coloca a porta imediatamente em estado desligado independentemente da configuração PortFast.

notas:

  1. Numa configuração válida as portas configuradas como PortFast não recebem BPDU caso recebam há um erro de configuração ou algo que necessita ser investigado.
  2. Quando configurado globalmente aplica-se a todas as portas que estão operacionais e com o PortFast activo.

BPDUFilter – Impede uma porta de receber ou enviar BPDU

notas:

  1. Pode ser configurado por porta.
  2. Pode ser configurado globalmente
  3. Quando configurado em portas que não estejam ligadas a equipamentos terminais pode causar loops.
  4. Se uma porta não estiver no seu estado por defeito a configuração PortFast não afecta o filtro de BPDU PortFast.

UplinkFast – Fornece Convergência depois de uma falha na ligação, permite balanceamento de carga com a utilização de grupos de Uplink.
notas:

  1. Pode ser util no desenho de redes-
  2. Quando activa afecta todas as VLAN’s no equipamento.
  3. Não pode ser configurada em VLAN’s individuais.
  4. As melhorias ao “rapid” STP incluem estas funcionalidades.

RootGuard – Previne uma porta de se tornar uma root port ou blocked port.
Quando configurada numa porta e esta recebe um valor de BPDU superior ela passa imediatamente ao valor de de Root-Inconsistent (Blocked) state.

BackboneFast – Iniciado quando uma root port ou uma porta bloqueada recebe um BPDU de valor inferior de um designated Bridge.
Permite uma maior rapidez em caso de falha.

LoopGuard – Ajuda a prevenir “bridging loops” que pode ocorrer devido a falhas de ligações unidirecionais. Quando activado globalemte aplica-se a todas as ligações ponto a ponto. Detecta as portas em estado blocked e as root ports garantindo que continuam a receber informação das portas designadas do systema. Pode ser activado por porta. É autmaticamente aplicado a todas as intancias de VLAN’s activas no systema. Quando activado numa ligação Etherchanel pode afectar todas as conecções até que a conecção com problemas seja removida do link agregado.

NAT

Network address translation é uma tecnologia que nos permite resolver problemas de conectividade em redes que utilizam endereços não roteáveis ou que se sobrepõem a outros já existentes.
Na maioria dos casos NAT permite a utilização de endereços ipv4 não registados para a ligação á internet.
Os dispositivos que têm um nat configurado traduzem em tempo real os endereços privados da rede para um ou mais endereços públicos válidos.

Esta tradução de endereços adiciona um nível de segurança na nossa rede pois impede a divulgação de endereços internos na rede externa.

Os dispositivos NAT também podem funcionar de forma inversa, traduzindo múltiplos endereços públicos para um ou mais endereços privados.

Vantagens do NAT:
  1. Eliminação de utilização de endereços públicos (registados) por cada um dos hosts que se ligam a redes externas.
  2. Preserva os endereços utilizando a. Multiplexagem de portas para todas as comunicações com o exterior. (permite a utilização do mesmo endereço publico por vários hosts privados).
  3. Permite conectividade entre redes existentes com endereços sobrepostos.
  4. Permite a migração de endereçamento de uma forma fácil e organizada.
Desvantagens:
  1. Determinados protocolos escondem os seus endereços de ip fora do header. ( embedded ip address ) Os NAT’s dinâmicos necessitam de manter informação de estado que nem sempre está disponível.
  2. O NAT interfere com alguns sistemas de cifra e autenticação.
  3. Em alguns casos dificulta a análise de logs sendo necessário correlacionar esses logs com outros existentes.
Existem Vários tipos de NAT.
  1. NAT estático. Traduz um endereço único interno para um endereço específico externo. (ambos os endereços são fixos)
  2. NAT dinâmico. Traduz um endereço interno para um endereço externo temporariamente. (quando o endereço interno deixa de usar o publico este fica disponível para outras ligações. A relação contínua de um para um.)
  3. PAT estático – Á semelhança de um nat estático traduz múltiplos endereços internos para um externo mantendo a porta utilizada.
  4. PAT dinâmico (Overload). – Traduz múltiplos endereços internos para um ou mais endereços externos mantendo, se possível, a porta utilizada escolhendo para isso um dos endereços de ip externos disponíveis, caso não seja possível, utiliza a próxima porta disponível num qualquer endereço externo.
Formas de configuração:
Nat Estático
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enable
configure terminal
ip nat inside source static 192.168.1.2 209.200.160.100
interface fa 0/0 Interface com ligação ao interior
ip nat inside
interface fa0/1 Interface com ligação ao exterior
ip nat outside
Nat Dinamico
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enable
configure terminal
access list 11 permit 192.168.1.0 0.0.0.255 Criação da lista de endereços que podem ser traduzidos pelo nat
ip nat pool nomepool 209.200.160.100 209.200.160.110 prefix-lenght 24 conjunto de endereços externos que vão ser usados na tradução dos endereços internos.
ip nat inside source list 1 pool nomepool associação dos endereços internos á pool de endereços externos
int fa 0/0 interface da rede interna
ip nat inside
int fa 0/1 interface da rede externa
ip nat outside
Este nat dinâmico tem a tradução de endereços 1 para 1 ou seja só se conseguem ligar á rede externa 10 endereços internos de cada vez, visto apenas termos 10 externos na pool de endereços.
Se houver um 11 pedido este não vai ter sucesso na sua tradução para um endereço externo.
PAT estático
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enable
configure terminal
access-list 1 permit 192.168.1.0 0.0.0.255
ip nat pool nomepool 209.200.160.100 209.200.160.100 prefix-length 24
ip nat inside source list 1 pool nomepool overload
int fa0/0
ip nat inside
int fa0/1
ip nat outside
PAT Dinamico
1
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enable
configure terminal
access-list 1 permit 192.168.1.0 0.0.0.255
ip nat pool nomepool 209.200.160.100 209.200.160.110 prefix-length 24
ip nat inside source list 1 pool nomepool overload
int fa0/0
ip nat inside
int fa0/1
ip nat outside
Por defeito o equipamento guarda as tabelas nat por tipo de ligação algum tempo.

Aqui ficam os tempos por defeito que podem ser alterados:

· UDP – 5minutos
· TCP (sessão) – 24 horas
· SYN – 1 minuto
· FIN/RST – 1 minuto
· DNS – 1 minuto
· ICMP – 1 minuto
Por fim deixo uma configuração NAT que pode ser usada quando temos redes que se sobrepõem e cujo trafego a ser feito nat é da rede externa para a rede interna…
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9
enable
configure terminal
access-list 1 permit 192.168.1.0 0.0.0.255
ip nat pool nomepool 192.168.1.2 192.168.1.10 prefix-length 24
ip nat outside source list 1 pool address pool
interface fa 0/0
ip nat inside
interface fa 0/1
ip nat outside

Mais informação sore o NAT

  1. Inside Local – Endereço pertencente ao host interno
  2. Inside Global – Endereço do host interno visualizado pelos hosts externos
  3. Outside Local – Endereço externo visualizado pelos hosts internos
  4. Outside Global – Endereço do host externo

Configurar SNMP Básico

Para activarmos o SNMP no nosso equipamento Cisco é necessário escrever os seguintes comandos:

enable
configure terminal
snmp-server contact xpto at “numero telefone” (numero de contacto)
snmp-server location rua x (morada)
snmp-server chassis-id 123456 (numero de serie do dispositivo)

Configurar visualizações de SNMP.

snmp-server view ciscoview mib-2 included  (criar e incluir uma visualização de SNMP (sub-tree))


Configurar uma comunidade SNMP

snmp-server comunity xpto ro (criação de uma view com permissões de leitura ao conteúdo total da MIB)
snmp-server comunity xpto2 view ciscoview (criação de uma view com permissões apenas para a “sub-tree” da MIB-2 definida anteriormente.)

Configurar SSH sem host name e domain Name

Para configurar SSH num equipamento cisco sem hostname e sem domain name podemos recorrer aos seguintes comandos:

1
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4
5
enable
configure terminal
ip ssh rsa keypair-name ciscopair
generate rsa usage-keys label ciscopair modulus 1024
ip ssh version 2

RBAC – role based access control

É uma forma de controlo de acessos que restringe o acesso aos recursos baseado-se nas funções dos utilizadores.

Este método de controlo pode ser utilizado pelas grandes empresas para atribuir acessos aos funcionários tendo por base a sua função.

Assim consegue-se cumprir as melhores recomendações de segurança segregando acessos e atribuindo privilégios de administração a quem de direito.

Para activar a funcionalidade num router ou switch cisco temos de seguir os seguintes passos:

1 – activar as “cli view’s”
2 – configurar as várias “cli views” para os diferentes administradores
3 – opcionalmente pode-se criar views para grupos diferentes de utilizadores com passwords diferentes para aceder a um “CLI” particular.

Comandos:

1:
Enable
Configure terminal
Enable view ( entra em modo root view que permite criar varias views)

2:
Parser view my-view ( criar um nome de view)
Secret xpto (atribuir um enable secret)
Commands exec include show access-list (especificar comandos no modo exec.)
Commands exec include configure terminal ( especificar comandos no modo exec.)
Commands configure include ip access-list extended (especificar comandos no modo de configuração)
Commands Ipneacl include all deny ( especificar sub comandos do modo de configuração)
Commands ipenacl all permit

As opções possíveis são:

Include – adiciona um comando especifico ou interface a uma view
Include-exclusive – adiciona um comando especifico ou interface numa view mas exclui o comando de todas as outras
Exclude – nega acesso ao comandos especificados.
All – funciona como wildcard.

Portas trunk

As portas trunk são portas que permitem a passagem de várias redes virtuais (VLAN) ao mesmo tempo. Desde que devidamente autorizadas. É necessário ter uma maior sensibilidade em relação á sua segurança, caso elas sejam comprometidas o atacante terá acesso a todas as redes virtuais que passam nessa porta.

Para activar uma porta em modo trunk é necessário escrever os seguintes comandos:

Enable
Configure terminal
Interface fast Ethernet 0/0
Switchport mode trunk

Portas de Acesso

Nos switchs é importante que todas as portas que não são trunk devam ser forçadas como portas de acesso. Devemos por razões de segurança evitar ter portas dinâmicas ou em modo negociável.

Para colocar uma porta em modo acesso devemos escrever os seguintes comandos:

enable
configure terminal
Interface fa0/0
switchport mode access

 

Pode ser também aplicado a um conjunto de portas em vez de uma só como no exemplo em cima.

Comandos Simples de um Switch

banner motd 

Configura a mensagem do dia (message of the day)

configure terminal

entra no modo de configuração de terminal

copy running-config to startup-config

Copia a configuração actual para a configuração de arranque do router.

enable

entra no modo privilegiado

enable secret password

apaga a configuração de arranque

erase startup-configuration

coloca-nos no interface indicado

interface interface

define qual o endereço de ip do interface

ip address address mask

Define qual o gateway

ip default-gateway address

Coloca-nos dentro da consola 0

line console 0

coloca-nos dentro das consolas virtuais 0 a 4

line vty 0 4

activa o pedido de identificação dos utilizadores que acedem ao equipamento via vty ou consola.

login

define a password dos utilizadores da consola. Quando feito dentro da consola.

password password

pinga um determinado ip

ping ip address

recarrega o IOS

reload

mostra os vizinhos que o CDP aprendeu

show cdp neighbours

Mostra todos os interfaces do equipamento

show interfaces

Mostra o modo em que um determinado interface está.

show port-security interface interface-if {address}

mostra a configuração que está a correr

show running-configuration

desliga e activa por exemplo um interface

shutdown / no shutdown

coloca em modo de acesso um interface

switch-port mode access

activa o modo de segurança de um interface

switch-port port-security

activa o modo de segurança de um interface pelo mac-address

switch-port port-security mac-address mac-address

define qual o numero máximo de mac-address que podem ser ligado no interface

switch-port port-security maximum value